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terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Discurso de um angolano ao governante

Ano após ano o meu discurso é igual perante as dificuldades da vida, que o Sr. Governante não consegue atenuar ou até mesmo resolver.

Os planos para o futuro, apesar de serem promissores no início de cada ano, acabam numa desilusão, porque os kwanzas não esticam e as promessas ficam por cumprir.

Massivamente os angolanos votaram e com tanta vontade de mudar, que acabou por ficar tudo na mesma. Estamos a reconstruir o país à seis anos e não sabemos, por quantas décadas vai durar tal missão nacional. Ao mesmo tempo o Sr. Governante fala em desenvolvimento, quando eu acho que está a pensar no enriquecimento.

A democracia, que já alguém disse não enche a minha barriga, e a vida política que agora depende da nova Constituição para ser normalizada, juntamente com as eleições Presidenciais e que eu acrescento as eleições autárquicas, passam a ser prioridades. Pois então, que os políticos façam essa nova Constituição, para ver se de uma vez por todas, começam a trabalhar para a melhoria da vida dos Angolanos.

Ainda bem, que o Sr. Governante tem a consciência do meu papel na sociedade, na economia e no desenvolvimento do país. Mas para que eu possa dar o meu contributo válido, preciso de um emprego com salário condigno, para sustentar a família e educar os filhos, preciso de uma habitação que tenha água potável e saneamento básico, numa rua limpa de lixo e com transportes públicos funcionais, bem como, uma rede de saúde pública que dê cobertura as necessidades dos angolanos. Por isso, a minha família está pronta para apoiar o esforço colossal do Sr. Governante, desde que ele cumpra com as suas promessas às pessoas.

A igualdade dos direitos entre os angolanos, principalmente entre os senhores Governantes e os governados, sempre me mereceu uma grande reflexão e é com agrado, que vejo o Sr. Governante preocupado com este tema, com a ética, a violência, a cooperação e que a lei é igual para todos, etc.

Em relação a crise da economia mundial, matéria que eu não domino, resolvi confiar nos actos do Sr. Governante, num sentido muito simples, onde ele investir ou mandar investir, é o sítio seguro para as minhas poupanças. Até hoje, nunca apercebi-me de perdas financeiras, quer internacionalmente, quer nacionalmente e daí a minha confiança no optimismo do Sr. Governante, em relação ao modelo de desenvolvimento angolano.

Estarei disposto a mudar o meu discurso, mas só depois de ver uma melhoria da qualidade de vida da minha família.

Termino, desejando ao Sr. Governante e estimada família, muita saúde, felicidades e prosperidade no novo ano.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Os limites materiais na Lei Constitucional de Angola

A lei Constitucional de Angola, no seu artigo 159º alínea d), limita a revisão constitucional no que diz respeito ao sufrágio universal, directo secreto e periódico na designação dos titulares efectivos dos órgão de soberania e do poder local. Este limite material é explícito, em princípio não pode ser mudado e é imutável, salvo melhor opinião.

Quer isto dizer, que a Assembleia Nacional constituinte que aprovou a actual Lei Constitucional arrogou-se no direito de impor limites materiais que inibe a alteração substancial do nosso sistema eleitoral.

Temos o exemplo em África, da Constituição Argelina, que no seu art.º 195 impõe que nenhuma revisão constitucional pode afectar o princípio do sufrágio universal, directo, e secreto. Por isso, a existência de limites materiais de revisão, existem em várias constituições de diversos países.

No entanto, pode haver um subterfúgio jurídico que pode modificar este limite material, através de uma dupla revisão, em que numa primeira revisão, alterariam o art.º 159, alegando que ele não se incluía a si próprio na lista dos limites materiais da revisão. Numa outra revisão, libertos dos limites impostos pelo art.º 159, ficariam com a total liberdade para alterarem a Constituição como entendessem.

Devemos apelar aos Deputados que respeitem o limite material da al. d) do art.º 159 na próxima revisão da Lei Constitucional, garantindo-se o direito inalienável do eleitor Angolano de votar por sufrágio universal, directo e secreto em todos os processos eleitorais em Angola.

sábado, 29 de novembro de 2008

O sufrágio (IN)directo nas presidenciais em Angola.

O eleitorado Angolano em 5 de Setembro do corrente ano, votou só nas legislativas.

Assim, os Deputados eleitos na presente legislatura, não estão, nem podem estar mandatados pelos eleitores ( salvo melhor opinião ) a votarem numa eleição indirecta para a Presidência da República de Angola, ou seja, os deputados não são eleitores presidenciais.
Mesmo que venham a alterar a presente Lei Constitucional, naquele sentido, teria que haver na próxima revisão da Constituição, uma norma que claramente permitisse a eleição indirecta do Presidente da República de Angola, pela Assembleia Nacional, apenas na próxima legislatura, porquanto, estariam em causa Princípios Constitucionais que tutelam a nossa recente Democracia e o Estado de Direito, que de maneira nenhuma devem ser ignorados.

O actual Presidente da República anseia, desde as últimas eleições presidenciais em Angola, que ficou por concluir a segunda volta, legitimar-se perante o Povo Angolano através de uma eleição que passe pelo sufrágio universal directo ( de acordo com a actual Lei Constitucional, Eleitoral e demais Regulamentos ).
Politicamente, uma possível alteração constitucional para o sufrágio indirecto à partir da Assembleia Nacional, onde o partido MPLA tem uma maioria qualificada, iria fragilizar o Presidente Angolano eleito desta forma,… e porquê?! Porque seria naturalmente o Presidente do MPLA e não de todos os Angolanos!

Faz algum sentido político, pretender-se que uma alteração constitucional ocorra antes das eleições presidenciais. Os candidatos à Presidente da República de Angola têm que saber, que poderes vão exercer neste órgão de soberania, até para adequarem os seus programas eleitorais a nova realidade Constitucional.

A assimilação de alguns regimes e sistemas políticos e formas de exercício do poder, de outros países para Angola, têm que atender a nossa realidade política de reconciliação nacional, que é embrionária em termos de desenvolvimento democrático, sob pena de cairmos na tentação de tornarmo-nos numa República tendencialmente Democrática e de Direito.

Após aprovação de verbas para as próximas eleições presidenciais no OGE de 2009, eu tenho esperança, que o Governo cumpra com este compromisso eleitoral perante os Angolanos.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

33º aniversário da independência de Angola

Os angolanos têm alguns motivos para sorrirem neste aniversário da independência de Angola. O facto de terem votado nas legislativas e daí resultar um Governo legítimo que definiu prioridades tais como, a satisfação básica das necessidades do povo que os elegeu, a continuidade do processo de reconstrução nacional e aposta no desenvolvimento sustentável do país.

Mas também terá algumas apreensões, nomeadamente no cumprimento dos direitos e liberdades fundamentais dos cidadãos, das promessas eleitorais serem concretizadas e beneficiarem a população e de participarem em futuros processos eleitorais transparentes, imparciais e melhor organizados.

A situação de crise financeira internacional poderá condicionar o Governo Angolano, no cumprimento das metas incluídas no Orçamento Geral do Estado e no Plano, porquanto o preço do petróleo está próximo dos cinquenta e cinco dólares o barril, e só este facto, determina que no primeiro trimestre de 2009, o Governo se veja forçado a fazer correcções, de forma a não haver «derrapagens» que impossibilitem a concretização dos investimentos nas áreas sociais e produtivas.

A sociedade civil angolana que ainda é emergente, tem o grande desafio de abordar, debater e levar o poder político a ser receptivo a propostas que visem a consolidação do nosso regime democrático e do Estado de Direito, a dignidade dos Angolanos, a melhor redistribuição da riqueza nacional, ao combate a corrupção e a redução da pobreza.

Acredito no optimismo, no entusiasmo e no empenhamento que a generalidade dos Angolanos possuem, perante as adversidades diárias, mas também que haja da parte dos nossos Governantes a seriedade de trabalharem para o bem comum.

Neste “ Dia Nacional”, que os Angolanos se sintam «senhores» no seu próprio país.

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

A UNITA e as eleições presidenciais em 2009

Na mesma semana, em que foi a provado em Conselho de Ministros o OGE, que incluí dotações para as eleições presidenciais em 2009, o Presidente da UNITA apresenta um dilema, se o Partido irá ou não apoiar um candidato próprio, mantendo-se as condições de desorganização e irregularidades que foram referenciadas no acto eleitoral das legislativas do corrente ano.

A possibilidade da UNITA vir apoiar um candidato, é algo que ainda merece discussão interna e parece que o Dr. Samakuva não se candidata perante um conjunto de situações adversas que ocorreram no dia da votação, durante a campanha eleitoral e que se podem manter nas eleições presidenciais.

Os militantes e alguns dirigentes da UNITA ainda não conhecem as conclusões a que chegou uma comissão de inquérito, que ficou de apurar várias situações e entre elas, erros e responsabilidades de quem participou directamente no processo eleitoral e teve uma actuação medíocre.
O que se sabe, é que o Presidente da UNITA já considerou que o Partido aprendeu uma lição nas eleições legislativas, mas não se sabe quais são as implicações da mesma, na melhoria interna do partido em próximos actos eleitorais.

Em relação aos receios, quanto aos condicionalismos externos de cariz eleitoral, não pode nem deve ser encarado como um «bicho papão» intimidatório, ao ponto de auto excluir o Partido de uma processo eleitoral, tão importante como as Presidenciais.
Antes sim, deve ser encarado como um desafio sério e persistente junto das entidades responsáveis pelos processos eleitorais no país, a começar pelo CNE (que também tem um inquérito a decorrer para se apurar as irregularidades e a desorganização apontada em devido tempo) e sensibilizando a sociedade, outros partidos políticos e as entidades que podem participar na melhoria do sistema e processo eleitoral no país.

A mera observação, de que se não forem feitas a desejadas melhorias no processo de votação, o Partido não participa nas presidenciais, parece-me um facilitismo e uma falta de empenho em participar activamente na resolução dos problemas, sejam eles quais forem, e não é uma atitude à que estamos habituados a ver na UNITA, como principal força de oposição em Angola.

Penso, que haverá no partido dirigentes e militantes prontos a participarem nas presidenciais, a maioria como apoiantes e só muito poucos podem ambicionar a serem candidatos, caso o Presidente da UNITA venha a abdicar de o ser.

Posso até compreender a posição do Dr. Samakuva, que rodeado de uma equipa perdedora não esteja suficientemente motivado para num espaço tão curto, entrar noutro processo eleitoral. Mas se esta é uma das razões, está nas suas mãos aconselhar-se e apoiar-se noutros dirigentes e militantes que estão prontos a empenharem-se nas eleições presidenciais, onde o carisma do candidato é mais importante, que o partido, ou partidos que o apoiam.

Se é certo, que o Dr. Samakuva tem com ele uma derrota importante, também é altura para demonstrar que está em posição de conduzir o partido para melhores resultados eleitorais, diferente daquele que obteve nas legislativas.

Este dilema da UNITA, de ir ou não para as eleições Presidenciais tem que ser resolvido rapidamente.

Este OGE tem também verbas para os municípios gerirem, num ambiente auspicioso para quem possa admitir eleições autárquicas em 2010, pretendendo o MPLA fazer o pleno, ou seja, obtiveram maioria qualificada nas legislativas de 2008, estão em melhor posição para garantirem a vitória do seu candidato presidencial em 2009 e porque não ganharem as autárquicas em 2010?!

E como fica a UNITA neste quadro eleitoral?!... com uma derrota nas legislativas de 2008, virem a falhar as presidenciais de 2009 e ficam sem saber o que fazer nas autárquicas de 2010?

Pois então, o melhor é alguém começar a pensar que a UNITA merece um líder proactivo e pronto a empenhar-se em todos os desafios eleitorais em Angola, porque devem essa posição ao eleitorado angolano.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

A redução da pobreza passa também pelo combate à corrupção

O Governo Angolano aprovou em 11 de Fevereiro de 2004 o ECP (Estratégia de Combate à pobreza), durante a vigência do GURN (que hoje a Assembleia Nacional revogou), advogando a necessidade de se promover um desenvolvimento económico e social abrangente e sustentável.

A Cimeira do Milénio onde Angola participou e vinculou-se a cumprir os oitos objectivos a fixados para o desenvolvimento humano, designadamente: a erradicação da pobreza e da fome, o acesso universal ao ensino primário, a promoção de igualdade de género e capacitação da mulher, a redução da mortalidade infantil, a melhoria da saúde materna, o combate ao VIH/SIDA, a malária e outras doenças, a promoção de um ambiente sustentável, o desenvolvimento de parcerias globais para o desenvolvimento, e associadas a estes objectivos foram também estabelecidos metas a atingir até 2015, destacando-se o compromisso de reduzir para metade o número de pessoas cujo rendimento é inferior a 1 dólar diário.

O combate á pobreza está também no âmbito do NEPAD (Nova Parceria para o Desenvolvimento de África), estabelecendo este programa a necessidade de assegurar o cumprimento das metas do Milénio, com vista ao crescimento e desenvolvimento económico em África.

A SADC (Comunidade para o desenvolvimento da África Austral) identifica estratégias para a erradicação da pobreza que incluem a redistribuição dos activos naturais, a construção e manutenção de infra-estruturas, a promoção do conhecimento e dos cuidados de saúde, a expansão dos mercados regionais e a promoção do investimento de forma a estimular o crescimento económico, e a criação de oportunidades de emprego para os pobres.

No Índice de Desenvolvimento Humano, Angola situa-se numa posição do ranking nada abonatório, com as intenções governamentais de melhorar a qualidade de vida dos Angolanos.
O actual Governo tem que incluir políticas para promover a boa governação, reforçando a capacidade e eficiência do sistema judiciário, protegendo os direitos e liberdades dos cidadãos e que a ECP é um processo que inclui consultas, diálogo, reflexão e que não existem soluções únicas e definitivas na direcção da eliminação da pobreza.

A avaliação feita pela Organização não-governamental Transparência Internacional nos seus relatórios, indica claramente que sem combater a corrupção será impossível reduzir a pobreza e isto aplica-se ao nosso país.

Quando o cidadão tem que recorrer ao mercado paralelo para comprar medicamentos ou um bem material de fraca qualidade, porque os outros são muito caros e pela «mão da corrupção», não se consegue ter acesso aos mesmos nos locais indicados, estas situações agravam a pobreza.
Esta ONG calcula que em África desaparecem milhões de dólares como consequência da corrupção nos recursos da ajuda internacional ao continente. É necessário um esforço no desenvolvimento de bons governos e funcionários públicos confiáveis, tornando os recursos mais eficazes, exigindo transparência no fluxo das doações.

Tentar reduzir a pobreza sem um combate sério e eficaz contra a corrupção é « remar contra a maré ».

A corrupção é um entrave ao desenvolvimento.
O Governo Angolano conhece o fenómeno da corrupção, precisa é de reformas urgentes para o combate do mesmo, passando a ser uma das prioridades, caso contrário não conseguirá atingir as metas do Milénio.

A Assembleia Nacional tem que ter uma acção legislativa consistente e clara, conjuntamente com instituições de controlo e mecanismos de supervisão eficientes, conseguindo-se desta forma níveis mais baixos de corrupção, permitindo-se a participação da sociedade civil neste esforço nacional, com o objectivo do desenvolvimento e qualidade de vida dos Angolanos.

domingo, 28 de setembro de 2008

Os estilhaços da derrota eleitoral da UNITA, podem atingir o seu resultado nas presidenciais em 2009

O presidente da UNITA declarou o seguinte: « quero deixar bem claro que assumo, pessoalmente, plena responsabilidade dos resultados alcançados pela UNITA.»; no seu discurso de abertura da 4ª reunião ordinária do Comité Permanente do partido.

No dia 19 de Setembro do corrente ano, o ponto 6 do Comunicado do Comité Permanente da UNITA refere o seguinte: « O Comité Permanente louva o desempenho e reafirma a confiança ao Presidente Isaás Samakuva na condução dos destinos do Partido.».

A “ bajulação “ ao Presidente da UNITA através do “ louvor “ é no mínimo confrangedor para alguns dirigentes que participaram nesta reunião, onde houve uma discussão viva e saudável, no sentido de serem apuradas responsabilidades internas na « derrocada » eleitoral do partido e que o Comunicado não traduz o que se passou.

A partir daqui, começa haver dentro e fora do partido, uma quantidade apreciável de conjunturas perniciosas à pretendida coesão interna e a imagem da mesma, que se queria passar para o exterior, sem sucesso.

Resulta desta situação perturbadora a possibilidade da UNITA ir para o próximo pleito eleitoral em 2009, com uma equipa derrotada e sem uma estratégia eleitoral digna de registo.

Entre os muitos erros que foram cometidos, permito-me a salientar um, o atraso que houve por parte de alguns dirigentes da UNITA em irem para o interior, para os tais « bastiões », antes mesmo de saber-se a data certa das eleições legislativas em Angola.
O seu principal adversário político, o MPLA, soube aproveitar esta lacuna grave, uma brecha quase « oferecida » pelo seu concorrente, enquanto aqueles dirigentes da UNITA se mantiveram « acantonados » voluntariamente na capital e nas sedes Provinciais.

Hoje, o MPLA está outra vez na estrada, com a suas « passeatas de vitória », de Província em Província, de cidade em cidade, de aldeia em aldeia, enquanto que os mesmos dirigentes da UNITA continuam instalados nos sítios habituais, sem a preocupação de deslocarem-se aos Comités locais e Provinciais e junto aos militantes saber o que se passou, o que se pode mudar, para que nas próximas eleições se possa “descolar” dos 10% para uma percentagem mais de acordo com a implantação do partido no país.

A UNITA que tanto propagou a “ MUDANÇA “ ela própria está em sérias dificuldades de mudar o que está mal, e quem fez um péssimo trabalho eleitoral, não assume nem larga o « poleiro ».
O Presidente do partido terá sérias dificuldades de convencer o eleitorado, num espaço de tempo tão curto, que o projecto político apresentado aos Angolanos em 2008, ainda tem cabimento, porque a referida derrota eleitoral foi um percalço, que não tem que se repetir nas eleições para Presidência da República de Angola.

Cabe apenas ao Presidente da UNITA querer mudar algumas pessoas da sua Direcção, a estratégia e a forma de actuar junto ao eleitorado, para que os « estilhaços » desta derrota, não atinjam negativamente o resultado da próxima eleição, onde ele é, pelos estatutos do Partido, o candidato a Presidente de Angola.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

O Presidente da UNITA assume a plena responsabilidade pelos resultados alcançados.

O Dr. Isaías Samakuva optou por assumir pessoalmente os péssimos resultados que o partido teve nestas eleições, considerando não estar em causa a Direcção da UNITA.

Na minha opinião, o Presidente da UNITA chamou a si, a responsabilidade política eleitoral de um conjunto de falhas cometidas internamente pelo partido, por aqueles dirigentes que lhe são próximos, e que não tiveram a coragem nesta IV Reunião do Comité Permanente da Comissão Política da UNITA, de assumirem perante os seus pares, os erros que cometeram durante a campanha eleitoral.

A partir de agora, há uma expectativa por parte dos militantes da UNITA, em observarem, qual vai ser atitude dos «candidatos a presidência da UNITA» que vão inevitavelmente surgir e irão propor a realização de uma reunião da Comissão Política, com a intenção de chegar ao Congresso Extraordinário para a eleição de um novo Presidente do partido.

O peso do «fracasso eleitoral» vai ser aliviado pelos opositores de Samakuva.

Ao ler o Acórdão do Tribunal Constitucional sobre o indeferimento da Impugnação do acto eleitoral na Província de Luanda por parte da UNITA, que contém as contra alegações da CNE, é referido a falta de apresentação de provas das alegações que se faz, sobre algumas as irregularidades que se apontam.
Porque razão, é que os delegados da UNITA, os fiscais, até os observadores, não apresentam provas do que aconteceu em sede própria e conforme a lei?! – Porquê que as Actas não mencionam a falta dos cadernos eleitorais, de boletins de votos, de aberturas tardias etc, etc, etc?! – Porquê é que a CNE aprova por unanimidade um instrutivo que o eleitor podia votar fora da residência, que esse voto ia para uma urna especial e cuja contagem seria feita noutro local, sem qualquer contestação dos Comissários da UNITA na CNE?! – O próprio mandatário da UNITA teve no centro de escrutínio antes do acto eleitoral, onde não estariam representantes dos partidos nem observadores, e não houve contestação nenhuma.
Porque razão não aparecem dados sobre a abstenção e a UNITA nada diz sobre este assunto. Ou seja, houve a oportunidade de contestar, reclamar formalmente, denunciar situações com que a UNITA não concordava a partida,… mas que no momento próprio, não fez uso das prerrogativas legais! – O resultado foi o que temos e que o Presidente do partido assume plena responsabilidade e adianta que a Direcção da UNITA não está em causa, porque foi eleita legitimamente, algo que ninguém contesta.

O que vão contestar, é a responsabilidade política pelo resultado eleitoral desastroso.

Quem vai contestar, é quem pensa, que esta é a melhor altura para se candidatar a presidência da UNITA, mediante a assunção total de responsabilidade do actual Presidente do partido.
Os outros dirigentes com responsabilidades directas sobre a campanha eleitoral, e que não dão a cara, pensam que ficarão sempre bem, seja qual for o Presidente do partido e terão o seu « lugar » assegurado no «aparelho partidário».
Escapa-lhes é a situação precária em que se encontra o partido financeiramente, que não permite «sustentar» tanta gente.

Assim, o actual presidente da UNITA perdeu uma oportunidade de arrumar a casa, optando por não «tomar medidas» e lá terá as suas razões.

Pelo que, parece-me que ficou vulnerável as investidas, de quem ambiciona chegar a Presidente da UNITA.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

A UNITA é um partido meio urbano e meio rural.

A CNE publicou os resultados definitivos das eleições gerais em Angola após o indeferimento da impugnação da UNITA pelo Tribunal Constitucional.

O círculo Provincial de Luanda, como se sabe o maior do país, veio mostrar um cenário político da UNITA, que os principais dirigentes do partido não contavam. Com 670.363 do total de votos ( 10,39% ) e 258.474 (14,6%) dos votos concentrados no Círculo Provincial de Luanda, a UNITA, tem uma componente urbana perto da componente rural do interior de Angola, os tais « bastiões » de que tanto se fala.
E este dado, emergente destas eleições, foi uma das maiores falhas da estratégia eleitoral do partido, principalmente do seu «marketing político», que não fez o que era suposto fazer, para direccionar os dirigentes que estavam em campo, no contacto directo com eleitor.
Não foi se quer, o problema da mensagem da «mudança», que era bem aceite e «colava» nos ouvidos do eleitor, mas antes, um sério problema de avaliação do potencial do eleitorado em termos de resultado, ou seja, a quantidade de votos que o partido iria recolher nessa Província, Município e Comuna.
Os dirigentes fizeram-se a estrada e apostaram em locais, cujos eleitores não corresponderam a expectativa criada, porque aqueles que dirigiram a campanha da UNITA, com base em dados pouco fiáveis e alguns inexistentes, não conseguiram colmatar as falhas que apareciam, muitas vezes por desconhecimento.
E estas situações só acontecem, quando se confia plenamente numa pessoa, ou num pequeno grupo de pessoas, que entendem saber de tudo, mas que depois vai-se ver o resultado, e é aquele que agora sabemos.

Pior que a derrota militar, foi a derrota eleitoral!

Ainda não tomei conhecimento, de algum dirigente que queira ser candidato a Presidente da UNITA, atendendo a caótica situação política, quer interna, quer externa e financeira, em que se encontra partido actualmente.
Será um acto corajoso, politicamente falando, avançar para uma disputa de liderança com o Dr. Samakuva, sem previamente reflectir sobre muitos factores que condicionam a UNITA, como a segunda força política nacional e primeira da oposição.

Ainda vai haver muitos a abandonar este « barco a deriva », que necessita de um « porto seguro », para ser « reparado e renovado ».
Invés de especular-se em mudanças de liderança no partido, devia-se aguardar pelo pronunciamento do actual Presidente da UNITA, sobre o que ele pensa da situação pós-eleitoral do partido e o que vai fazer, enquanto « capitão do barco », sobre os seus imediatos, marinheiros e todos aqueles, que apesar de tudo, continuam dentro do barco, não fugindo como «ratos» e querem ir para o alto mar, de bandeira bem no alto, continuar a navegar por esse mar fora, que é o nosso País, que precisa de uma oposição forte, para continuar a tentar democratizar o nosso regime político e transformá-lo num Estado de Direito.

Vai-se aguardar, que o Presidente da UNITA reúna-se com os principais responsáveis da campanha eleitoral e que conduziram o partido para o «desastre» e que tenha a frontalidade de os convidar a demitirem-se, para serem substituídos por militantes ou dirigentes, que deram mostras de fidelidade, trabalho e não de intrigas palacianas.

Ao Presidente da UNITA, deixo o recado, pegue na «vassoura» e limpe a casa, mas não pondo o lixo debaixo do tapete.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

O efeito político da Impugnação da UNITA ( II )

Ontem, O Presidente da UNITA decidiu entregar no Tribunal Constitucional, recorrendo da decisão da CNE, a impugnação do acto eleitoral em Luanda ( e não as eleições gerais). No dia 6 de Setembro, no meu artigo de opinião, que aqui reproduzo : « A UNITA para além de não ter aceite a decisão do CNE de prolongar a votação para este Sábado ( por aplicação do art. 102.º do Decreto nº 58/05 de 24 de Agosto ), decidiu pela impugnação e parece-me que é « por via de recurso contencioso», presumindo que, tenha sido apresentado já reclamação dos actos que tenham sido verificados ( no âmbito dos art. 7.º, 164.º, 165.º, 166.º alínea a), art. 167.º; e mediante decisão da CNE, observa-se o prazo do art. 168.º, deve-se atender ao eventual efeito suspensivo da decisão de que se recorre, conforme o art. 169.º, a sua tramitação art. 170.º e a decisão final do plenário do Tribunal Constitucional, art.171.º, estes artigos são da Lei nº 6 / 05 de 10 de Agosto ).», suscitei o efeito político que esta impugnação ia ter e que já se está a verificar.

Admira-me, é o « efeito surpresa » que a sequência legal da impugnação, está a ter em alguns círculos políticos e informativos, porque não tem nada haver, com o reconhecimento que o Presidente da UNITA fez, de acordo com os dados provisórios que a CNE foi divulgando e que dá o MPLA como vencedor destas eleições ( e que, sobre a abstenção ainda não se sabe a percentagem,… provisória).

Agora, quem fez a ligação errada da declaração do Dr. Isaías Samakuva como Líder da UNITA, com a desistência prematura da Impugnação, é que estará « atrapalhado » para entender ou explicar, esta situação, que é legítima por parte da UNITA.

Parece-me que a UNITA vai aguardar serenamente pela decisão do Tribunal Constitucional e depois verá jurídica e politicamente se ficará por aqui.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

O MPLA elegerá a nível nacional entre 105 a 108 Deputados e a UNITA de 12 a 14 Deputados

A CNE deu como concluída a divulgação dos resultados provisórios eleitorais,… sem apresentar a percentagem da abstenção!

A vitória eleitoral do MPLA com 4.520.453 votos e uma percentagem de 81.76 e a UNITA com 572.523 votos. O MPLA irá acrescentar mais de 80 deputados pelo círculo provincial e a UNITA provavelmente, não irá conseguir eleger nenhum Deputado na Província de Luanda.

Em termos de desenvolvimento económico e social de Angola, onde a execução dos projectos de investimento, quer públicos quer privados, se situam mais no litoral, o país anda a «duas velocidades» com as assimetrias por todos conhecida.

O MPLA tem uma tarefa gigantesca, para «mostrar o que vale» na satisfação das necessidades básicas dos angolanos, uma melhor redistribuição da riqueza, incrementar as dotações orçamentais para as áreas da habitação, saúde, educação e qualificação profissional, emprego e reduzir os níveis de pobreza em todo o país.

terça-feira, 9 de setembro de 2008

A UNITA patrioticamente aceitou o resultado eleitoral

Numa declaração breve o Presidente da UNITA, Dr Isaías Samakuva aceitou o resultado das eleições legislativas e felicitou os eleitores angolanos, desejando ao partido vencedor « que governe no interesse de todos os angolanos».

A CNE publicou o 7º resultados nacionais provisórios, em que para além do escrutínio permanecer favorável ao MPLA, a percentagem do absentismo, mesmo que provisório, não é anunciado. Porquê?!

O MPLA terá como objectivo principal no ano legislativo, que em princípio terá lugar em 15 de Outubro do corrente ano, a aprovação do OGE e a alteração da Constituição. Segundo este partido, estão a contar eleger no círculo nacional um pouco mais que 100 Deputados no limite dos 130 e no círculo Provincial cerca de 80 Deputados, num máximo de 90.

A UNITA irá por certo fazer uma oposição construtiva na Assembleia Nacional, com uma bancada onde vão estar os principais dirigentes do partido, muito atentos ao previsto cumprimento das promessas eleitorais, que o executivo do MPLA tem que dar aos angolanos ( um milhão de empregos, um milhão de casas, etc, etc ), até porque, o Presidente do MPLA, garantiu, que todos aqueles governantes que não trabalharem em prol do cidadão, vão ser «corridos do poleiro».

Esta maioria qualificada do MPLA na Assembleia Nacional Angolana, responsabiliza este partido de uma forma tão elevada, que neste momento, há imensos dirigentes do MPLA, a fazer contas a vida, porque não se sentem preparados, para assumir junto aos angolanos, erros de governação, que nestes 33 anos de poder do MPLA foram cometidos ciclicamente, sem nunca terem sido chamados a responsabilidade.

Cabe a árdua tarefa ao Presidente do MPLA, de «escolher a dedo», os melhores entre os melhores, que governarão o país nos próximos quatro anos.
A «luta para o poleiro» está do lado do MPLA e os outros partidos com assento na Assembleia Nacional, vão « assistir de bancada» o bom ou mau desempenho do governo do MPLA, apresentando novas proposta de lei, que consideram mais adequadas a melhoria da vida dos Angolanos, cabendo ao MPLA votá-las favoravelmente ou não, ou fazendo pior, meter na gaveta, como várias vezes fez aos projectos de Lei da UNITA.

Mas também há uma nobre tarefa da oposição na Assembleia Nacional, que é o de fiscalizar a acção do governo do MPLA.

Os Angolanos têm esperança que a sua vida vai ser mais digna, porque se isso não acontecer, no próximo pleito eleitoral, e não vai demorar muito, irá ser feito um balanço, cujo resultado vai ser apresentado no voto do eleitor.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

A abstenção representa a «maioria silenciosa» em Angola

Porque razão, é que o CNE não publicou até ao momento, a percentagem da abstenção nas eleições em Angola?

A abstenção embora possa ser elevada, não vai alterar os resultados eleitorais apurados provisoriamente, que dão a vitória ao MPLA com 81,79% ( justificado por “ Kwata Kanawa “ pelo facto do MPLA ter 3 Milhões de militantes ) e a UNITA com 10,50% ( dados da CNE às 20h do dia 07-09-2008 ). Mas ajuda a perceber, o que aconteceu nas mesas de voto ao longo do país e em particular, onde se levantam dúvidas e ocorrências, passíveis de reclamação.

Há uma « maioria silenciosa » de eleitores que se abstiveram de votar e em próximos actos eleitorais, vai ser interessante analisar, em que Comunas, Municípios e Províncias a percentagem da abstenção foi maior, para se poder actuar civicamente na dinamização destes eleitores.

Queremos saber os dados provisórios e definitivos do absentismo nestas eleições em Angola.

O Presidente da UNITA geriu muito bem, na conferência de imprensa a questão da impugnação (fundamentando-a) e as razões que o levam a não reconhecer prematuramente os resultados provisórios, que foram anunciados. Com sentido de Estado transmitiu aos Angolanos a tranquilidade e a serenidade político – eleitoral, que se esperava.

A reclamação do MPLA, em relação as 24 mesas de voto montados no campo petrolífero de Malongo, em Cabindas, onde a maioria dos trabalhadores votou a favor da UNITA, vai no sentido de pedirem a anulação do acto, sob o pretexto de não ter havido o uma fiscalização do partido da situação. Não foram só os « outros partidos » que reclamaram nestas eleições.

Os Angolanos, nesta Segunda-Feira vão encontrar um dia igual ao anterior, porque a maioria vai continuar a sobreviver com menos de 1 USD/dia e estes angolanos vão aguardar, que as promessas eleitorais sejam cumpridas, porque aqueles, que votaram no MPLA, já sabem com que vão contar no futuro.

sábado, 6 de setembro de 2008

O efeito político da impugnação apresentada pela UNITA ao CNE

A UNITA para além de não ter aceite a decisão do CNE de prolongar a votação para este Sábado ( por aplicação do art. 102.º do Decreto nº 58/05 de 24 de Agosto ), decidiu pela impugnação e parece-me que é « por via de recurso contencioso», presumindo que, tenha sido apresentado já reclamação dos actos que tenham sido verificados ( no âmbito dos art. 7.º, 164.º, 165.º, 166.º alínea a), art. 167.º; e mediante decisão da CNE, observa-se o prazo do art. 168.º, deve-se atender ao eventual efeito suspensivo da decisão de que se recorre, conforme o art. 169.º, a sua tramitação art. 170.º e a decisão final do plenário do Tribunal Constitucional, art.171.º, estes artigos são da Lei nº 6 / 05 de 10 de Agosto ).

É do conhecimento geral, as situações que ocorreram ontem e que infelizmente, em algumas das quarenta e oito assembleias de voto, voltaram a surgir os mesmos problemas, que desmotivaram a afluência de eleitores a esses locais, aumentando a abstenção.

Há legitimidade da parte da CNE tomar uma decisão com base num artigo do Regulamento da Lei Eleitoral, como também a UNITA, ou o FpD, ou outro partido que concorreu as estas eleições, têm o direito de reclamar em sede própria, no âmbito das Leis que vigoram no país, que é um Estado de Direito e Democrático.
Neste sentido, podem vir a considerar, que se aplicaria o art. 101.º do Decreto nº58/05 de 24 de Agosto e o nº 2 do art. 121.º da lei Eleitoral, ou seja, que a votação teria lugar no prazo de oito dias e num só dia ininterruptamente.

Ainda não ouvi da parte dos partidos « contestatários » acusações de fraude eleitoral, de não reconhecer o escrutínio, até porque ainda não foram publicados resultados eleitorais, mas sim da parte do MPLA, a começar pelo Presidente deste partido que faz o sinal de vitória, depois de votar, que garantem uma maioria qualificada, vamos lá saber em que se baseiam, e pejorativamente atacarem a UNITA, por um acto legítimo de reclamação e impugnação.

O Presidente da CNE, já afirmou que «oportunamente» irá analisar os fundamentos do pedido de impugnação do processo de votação apresentado pela UNITA. Considerou que o processo de votação teve um saldo positivo na sua generalidade.

O presidente da Comissão Provincial Eleitoral, anunciou que a contagem dos votos na Província de Luanda inicia-se amanhã, Domingo, depois do encerramento das últimas quarenta e oito assembleias de voto.

A missão de observadores da SADC declarou hoje em Luanda que as eleições foram “ livres, credíveis e pacíficas “.

A chefe de observadores da União Europeia, afirmou que Angola violou as leis eleitorais ao não fornecer listas de registo de votantes nas assembleias de voto ( que é uma das ocorrências que a UNITA reclama ) e adiantou, que não é possível “ dizer que o processo foi realizado de acordo com as regras” ( também é por isso, que a UNITA impugna, porque as regras são para se cumprirem ). O relatório final desta missão de observadores teve um adiamento de 24 horas.

O efeito político eleitoral da impugnação da UNITA, vai-se fazer sentir nos próximos dias, porque foi feito no quadro da legalidade e os cidadãos, vão perceber que no nosso país, as reclamações têm que ser atendidas, analisadas e decididas dentro dos prazos legais, pelos órgãos competentes e não a revelia de interesses instalados ou partidários.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

A « prontidão » falhou, a organização eleitoral « derrapou » e o eleitor em Luanda votou.

Apesar de todas as situações anómalas que ocorreram em algumas Assembleias de voto, umas que abriram com atrasos de horas, de manhã e a tarde, outras nem sequer abriram, noutras falharam os boletins de voto ou cadernos eleitorais, o Presidente da CNE garantiu que o processo de votação decorreu em todo o país com «normalidade» e observância das regras estabelecidas para as legislativas.
Surpreendentemente admitia a possibilidade da divulgação dos primeiros resultados parciais, ao anoitecer. Mas depois, lá aceitou os atrasos de abertura de algumas assembleias em Luanda, devido a problema operacionais e que as coisas iam melhorando com o decorrer do tempo.
Para o Dr. Caetano de Sousa, o problema de Luanda é ter muita gente e pouca fluidez no trânsito, algo que todos os Luandenses sabem.
A solução de recurso que foi encontrada, foi adiantar a hora do fecho das assembleias e com isso, já algumas funcionam com velas, porque os conhecidos cortes de energia eléctrica, estão a acontecer e alguém esqueceu-se de levar o gerador.
Na Huíla e Cabinda, também tiveram algumas assembleias a serem abertas com atraso.

Não foi totalmente descabido a primeira declaração da Chefe da Missão de Observadores da União Europeia, quando dizia que em relação a organização das eleições « é um desastre ».

É que na verdade, é mesmo desastroso o que aconteceu em termos organizativos e se politicamente à poucos meses atrás, os partidos da oposição manifestaram-se contra as eleições em dois dias seguidos, até parece uma coincidência, o que está acontecer no processo de votação em Angola.

Estão muito bem, os Líderes dos partidos da oposição ao MPLA, que entraram de imediato em diálogo com o CNE, para encontrar-se uma posição de consenso, nem que seja, a repetição das eleições em Luanda, que perante o que ocorreu, é perfeitamente aceitável e não tem nada de anormal.
Mostram maturidade politica eleitoral, porque observaram, que os eleitores, na maiorias das assembleias, compareceram para exercer um direito cívico inalienável, o direito de votarem, horas antes das assembleias abrirem e não arredaram pé, aguardando pacientemente, pela sua vez de colocarem na urna o seu voto, acto que esperam à dezasseis anos.
Os responsáveis políticos deste país, devem fazer o que tem que ser feito, que é dar a possibilidade de todos eleitores votarem, cumprindo rigorosamente com o que se comprometeram, facultar ao povo Angolano uma campanha eleitoral pacífica e esclarecedora dos diversos programas de governação, organizar as eleições, que permita ao eleitor votar, tranquilamente e que tenha a percepção que o processo é transparente, e antes mesmo, da abertura de urnas, contagem de votos e publicação dos mesmos, contribuirem para as correcções das anomalias presenciadas por todos, e que devem ser corrigidas atempadamente, para bem da credibilização política em Angola.

O Povo Angolano, tem que começar a creditar nos seus dirigentes políticos para que tenham esperança, numa vida digna e com futuro no seu país.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Reflectir hoje, para agir amanhã e acreditar numa Angola melhor

Nos últimos trinta dias, os angolanos continuaram a sobreviver diariamente e ouvindo uma variedade de promessas.

A noite havia diálogos fraternos entre amigos e familiares e discutia-se um pouco, de como seria o dia de amanhã, se estivesse nas suas mãos, fazer o melhor para si e para os outros, num princípio cristão de solidariedade.

Amanhã, é outro dia…

Depois, logo se verá!

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Os eleitores vão mudar Angola votando na UNITA

O Governo decretou tolerância de ponto em todo o país, nesta Quarta-feira dia 3 de Setembro, último dia de campanha eleitoral em Angola. Desta forma, o povo poderá participar em qualquer campanha política que os partidos concorrentes as eleições desenvolvem na capital e Províncias.
Em Luanda, a UNITA realizou um acto de massas no campo da Refrinor, na Comuna Hoji Ya Henda, onde participaram milhares de pessoas, que coloriram o espaço e deram um « banho de multidão » aos dirigentes e militantes do Partido que lidera o Programa da Mudança em Angola.

Numa altura, em que a empresa Chinesa CITIC ( China international trust and Investment Corporation ) anunciou que vai investir 3,535 mil milhões de dólares americanos na construção de uma cidade-satélite no Município de Kilamba Kiaxi, com capacidade para 200 mil pessoas, cujo projecto estará concluído em 2011. Este Município tem cerca de 64 Km2 e 234 mil habitantes e a nova cidade terá 710 edifícios com mais de 20 mil apartamentos, 246 lojas, 24 jardins de infância, 17 escolas primárias e secundárias, com todas as infra-estruturas, conforme foi anunciado por Chang Zhenming, Director-geral da citada empresa. Está para breve, mais despejos e alojamentos precários dos actuais habitantes deste Município, a juntarem-se a outros tantos milhares, que habitam zonas da capital e subúrbios, sujeitas as demolições e as suas consequências nefastas.
E o Partido da Situação ainda promete UM MILHÃO de casas para o povo.

As propostas de MUDANÇAS feitas hoje pelo Presidente do MPLA, no município do Cacuaco, após um «estudo profundo da situação do país» ( e por isso, é que é o partido da situação ), que falava perante uma multidão de DOIS MILHÕES de pessoas, segundo a organização, mas que, outras fontes indicam que eram milhares, vai ao encontro daquilo que a UNITA sempre defendeu.
Não fosse a pessoa que é, até podia parecer, que era mais uma individualidade a aderir ao «bloco da mudança». Neste sentido, o MPLA vai melhorar os índices de desenvolvimento humano ( afinal de contas os relatórios internacionais nesta matéria serviram para alguma coisa ), incentivar a criação de mais postos de trabalho ( quantos e como, não se sabe ), desenvolver a agricultura, saúde, desporto, habitação,… entre outros. É caso para dizer: «que a boca fugiu-lhe para a verdade»!
Os eleitores ficaram definitivamente esclarecidos, que durante seis anos de paz, quase tudo ficou por fazer. Desta forma, o Presidente do MPLA falou do programa da mudança para Angola, que a UNITA e os outros partidos concorrentes e inseridos no ideal do « bloco da mudança », andaram a comunicar aos eleitores durante a campanha eleitoral.
Mas o Presidente do MPLA também quer uma revisão constitucional e prometeu afastar do Governo aqueles que privilegiam os interesses pessoais,… mas porque razão, é que não os afastou antes?!... tendo afirmado que o grande desafio do MPLA é o combate à fome e à pobreza,… pois é,… mas a UNITA no seu programa da MUDANÇA, apresentou uma estratégia objectiva para reduzir a pobreza, com os procedimentos e valores especificados, e não se ficou na mera intenção.
Seja como for, os Angolanos agradecem ao Presidente do MPLA pelas suas bonitas palavras, mas a necessidade de MUDAR Angola, é algo que o eleitor sabe em quem votar, para conseguir de facto, uma vida mais digna no seu país.

No estrangeiro, O Presidente Português Prof. Dr. Cavaco Silva, espera que as eleições em Angola sejam justas e livres, em paz e sem qualquer perturbação. Não quis comentar o facto de jornalistas da televisão SIC e dos jornais EXPRESSO e PÚBLICO e da revista VISÃO, estarem com dificuldades de vistos para entrarem em Angola, no sentido de fazerem a cobertura das eleições. O Vice-Ministro dos Negócios Estrangeiros Sul-Africano, manifestou a sua satisfação pela forma como decorreram os preparativos para as eleições angolanas e deseja que as mesmas decorram num ambiente de paz.

No último dia de campanha, a abstenção nestas eleições vai ser alta, porque houve uma deficiente informação do acto cívico de votar. Esta é uma das certezas que os partidos concorrentes as eleições têm como preocupação e que aparentemente pode beneficiar o resultado do partido da situação.

Neste trigésimo dia de Eleições em Angola, os eleitores e os partidos concorrentes estarão em festa, e convictos que «nada vai ser como dantes» à partir de 5 de Setembro. A MUDANÇA é o ideal daqueles que acreditam numa Angola próspera e que o seu Povo viva com a dignidade que anseia e merece. Para que isto aconteça, caro eleitor: vote no 11- UNITA!!!

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Os eleitores que olhem a sua volta e que votem naquilo que vêem, ou se votam na mudança

Os Angolanos sorriem perante aqueles que querem, do lado de fora, que o MPLA ganhe com 2/3 dos votos, dizem uns que 147 Deputados ou 150 é o que basta ao MPLA para «fazer o pleno» nestas eleições em Angola.

Mas estão enganados!

Angola vai ser para os Angolanos!

E para que os Angolanos se sintam cidadãos de pleno Direito no seu querido e amado País, só é necessário uma coisa: no dia 5 de Setembro, Sexta-feira, votar no 11-UNITA!

Os estrangeiros e os expatriados, que nãos se preocupem, porque o «bloco da mudança» liderado pela a UNITA vai garantir a todos, e mais aqueles, que ainda virão para Angola trabalhar, que há um Povo que os acolherá, como sempre fez, de braços abertos, porque eles trazem as suas poupanças e apostam na criação de empresas para terem lucro e que criam postos de trabalho para os Angolanos.
Eles vêm com o «saber fazer» que é necessários para formar e qualificar a nossa mão-de-obra. Mas, o que nós não queremos, são os Biliões de USD, que nos impõem restrições aos nossos empresários e trabalhadores, porque há umas cláusulas que salvaguardam interesses que o cidadão comum não conhece, mas que vê no dia a dia, acontecer a sua volta. As parcerias são fomentadas no interesse do País, terá que haver uma redistribuição da riqueza nacional, abrindo uma oportunidade para todos.

Não basta chegar a Luanda, contar as bandeiras, bonés e camisolas do MPLA, para concluir que o « partido da situação»,… já ganhou!... é melhor esperar para ver, a contagem final dos votos!
É que os outros partidos concorrentes as eleições, também estão cá e a fazer campanha junto aos eleitores,… só que a mensagem é outra, é o da MUDANÇA e é possível, que não haja interesse em passar,… e isso, é outra música, que os eleitores não vão dançar!

Os partidos que hoje foram visitar o Centro Nacional de Escrutínio ficaram bem impressionados, mas o Mandatário da UNITA voltou a chamar atenção para as urnas especiais, que vão ser abertas não no local, mas serão transferidas para as Comissões Provinciais Eleitorais, apesar de haver a promessa que será, o menos possível utilizado estas citas urnas.

Ficou-se a saber que os membros das assembleias vão receber pelo serviço prestado 15 mil kwanzas. Vai ser gasto 60 Milhões de USD para os cerca de 26 mil agentes em todo o País. O CNE concluiu a sua tarefa de aprovar e certificar, definitivamente, os cadernos eleitorais que estavam pendentes coma conclusão da fase da actualização do registo eleitoral e a conclusão do processo de mapeamento e de elaboração dos cadernos eleitorais.

O Presidente do MPLA entregou hoje, aos órgãos oficiosos ANGOP, TPA e JA, novos meios técnicos para melhorarem o seu desempenho, tais como, viaturas equipadas com sistemas de satélite e conectadas a internet, câmaras de filmar e outros equipamentos ( será que os jornalistas independentes, podem pedir boleia ou emprestado, estes equipamentos, também para melhorar as suas actividades?).

Neste vigésimo nono dia, a UNITA com o seu Presidente, dirigentes, candidatos a deputados, militantes, simpatizantes, amigos e seus familiares, estão engajados até amanhã a noite, no compromisso de dizerem aos eleitores, para olharem a sua volta, dentro de casa, no quintal, na rua, no local de emprego e na propaganda que « lhes caí em cima » pelo partido da situação, se lhes agrada o que vêm a 33 anos ou se preferem mudar de vida, para uma vida digna.
São 8,3 Milhões de Eleitores, contra uns quantos privilegiados a sombra do partido da situação.

Então exerçam o seu direito a indignação e votem no 11 – UNITA!

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Samakuva lidera a UNITA para a mudança nas eleições em Angola

Na Província do Uíge, o Líder da UNITA conseguiu criar uma empatia com o eleitorado para o programa da mudança. Foi em Maquela do Zombo que os angolanos desta Província simbólica confirmaram que a aposta, não é no partido da situação, das ofertas e das inaugurações, mas no partido que quer mudar Angola para dignificar a vida dos Angolanos.
O Dr Samakuva ainda vai passar por Benguela, antes de ir para Luanda.

Hoje, o Presidente do MPLA deslocou-se também a Província do Uíge, onde inaugurou uma fábrica de enchimento de botijas de gás, abertura da estrada Uíge – Kifangondo e o sistema de produção, tratamento e distribuição de água potável, mas ao meio da tarde já estava em Luanda, no seu palácio. O Presidente do MPLA apoiou o seu partido nas Províncias de Benguela, Lunda Sul, Huambo, Bengo, Huíla, Malange e Uíge.

O Sr. Bento Bento espera reunir no Município do Cacuaco, no largo da Cimangola na Comuna do Kicolo pelo menos, não UM, mas sim, DOIS MILHÕES de apoiantes do MPLA. Para tal proeza, o Primeiro-secretário Provincial do MPLA em Luanda, conta com os familiares e amigos dos militantes do partido, e no local vai haver creches para as crianças que acompanharão os seus pais ( a contar com as crianças, talvez passe Um Milhão )… se calhar, uma tolerância de ponto ajudaria, ou talvez não,… não fossem as pessoas aproveitar e irem apoiar o partido da mudança.

A Missão de observação Eleitoral da União Europeia para as Eleições Legislativas no dia 5 do Corrente mês, reforçou a sua presença com uma delegação de 20 elementos do Parlamento Europeu, provenientes de Portugal, França, reino Unido, Itália e Letónia. Assim a MOE-EU terá em Angola 118 pessoas de «olhos bem abertos» a observarem o processo eleitoral Angolano.
Quem não tem mãos a medir é o Centro de Imprensa Aníbal de Melo, que já credenciou 600 jornalistas, ( cerca de 500 são dos oficiosos TPA/RNA/JA ).

Neste vigésimo oitavo dia de campanha eleitoral, o «bloco da mudança» tem mais dois dias para entregar aos eleitores os seus meios de propaganda e afincadamente explorar todo o descontentamento que os angolanos têm, de 33 anos de uma vida sem esperança, sem dignidade, num quadro de crescimento económico e de pobreza extrema, que o partido da situação não se preocupou em salvaguardar o bem estar da população. Com a esperada MUDANÇA os angolanos recuperam os seus ideais de independência, prosperidade, acesso a educação, saúde, habitação, emprego, formação e qualificação profissional, o combate contra a corrupção, « a gasosa », e um programa de redução da pobreza e a exclusão social e económica, da maioria dos angolanos.

O voto no 11- UNITA, é a única alternativa que o eleitor tem, para acreditar num futuro melhor, que só quem promete mudanças, pode garantir a esperança de uma Angola para os Angolanos.

domingo, 31 de agosto de 2008

Enquanto o Presidente do MPLA voa, o espaço aéreo encerra em Angola

A comitiva do FpD, constituída pelo seu Presidente, Secretário Geral e demais elementos, ficaram retidos em Cabinda a espera que o espaço aéreo Angolano fosse aberto, ou seja, só quando o Presidente do MPLA chegasse ao seu destino.
Aqui está exemplificado, o que se passa em Angola, em que o partido da situação demonstra aos Angolanos e a Comunidade Internacional, que efectivamente « mandam » e que os outros têm que se submeter. É contra estas situações, que o voto na mudança liderado pela a UNITA pretende acabar, à partir de 5 de Setembro ganhando as Eleições em Angola.

O poder do MPLA nesta campanha eleitoral, não se mede pela quantidade de bandeiras na capital, também se sente na imprensa, nas ofertas e inaugurações de última hora etc. Mas os eleitores já sabem para onde vai o seu voto, e os angolanos têm a esperança de verem uma mudança em Angola, para que possam viver com dignidade e não a «sombra» da opulência da nomenklatura endinheirada.

O oficioso continua «engasgado» com os tempos de antena que os partidos que apostam na mudança vão fazendo. A UNITA é um partido, de e para crioulos, brancos, mistos e negros, conforme o MPLA quis distinguir os Angolanos, quando na Assembleia aprovou a colocação da raça no Bilhete de Identidade. Nesta matéria, o oficioso diário « deu mais um tiro no pé».
O Dr. Jaka Jamba é um distinto representante de Angola na UNESCO, ao contrário daquele senhor estrangeiro, agora com nacionalidade angolana e que está na UNESCO, onde entrou para fugir a justiça Francesa, logo, pela « porta do cavalo ».
Não precisamos destes « falcões»…

O MPLA, que na presente campanha eleitoral está a ser conhecido pelo partido «UM MILHÃO» , porque dizem ter sempre UM MILHÃO nos comícios em Luanda, prometem UM MILHÃO de casas para o POVO, que vê as suas casas a serem demolidas para outros fins, oferecem UM MILHÃO de empregos, mas não dizem como, e enquanto os Centros de Emprego estão vazios e os lugares para trabalhadores nacionais, são ocupados por estrangeiros ( leia-se chineses ), porque não apostam na qualificação profissional da mão de obra angolana, por isso, quando o eleitor houve o MPLA falar no « UM MILHÃO disto e daquilo », já não acredita e pensa logo na mudança.

Neste vigésimo sétimo dia de campanha, os partidos que apostam na mudança têm a esperança de obter um bom resultado eleitoral, especialmente a UNITA que lidera o Programa da Mudança nesta Eleições em Angola, porque os eleitores, sem medo, já sorriem porque sabem, em que programa de governo vão votar, e em que partido: o voto é no 11 -. UNITA, porque é o voto racional.

sábado, 30 de agosto de 2008

A intolerância política e os Direitos Humanos nas Eleições em Angola

A UNITA denúncia actos de intolerância num comunicado. São relatados em detalhe as ocorrências de intolerância nas Províncias do Huambo, Bié, Cabinda, Luanda, Benguela, Kwanza-Sul, Uíge e Huíla, que preocupam a comunidade internacional e os angolanos em geral.
Neste sentido, a Amnistia Internacional através do director da secção portuguesa, Pedro Krupenski, também manifestou publicamente o seu desassossego por tais factos perturbadores da campanha eleitoral, que penalizaram exclusivamente os partidos concorrentes que se opõem a continuidade do partido da situação.
Na opinião deste responsável a presente conjuntura em Angola não deve, todavia, suscitar excessivo optimismo, visto que, a sociedade angolana tem profundos interesses particulares institucionalizados e clivagens profundas entre ricos e pobres e que a questão dos direitos humanos está dependente da correcção das assimetrias sociais.

Conforme o previsto o Presidente do MPLA deu um pulo a Malange, tendo ficado satisfeito com o desenvolvimento socioeconómico da região ( NOTÁVEL! ) e ofereceu às autoridades tradicionais tractores, motorizadas, bicicletas, electrodomésticos e material didáctico ( o que já se tornou um hábito eleitoralista ). Ainda deu tempo para inaugurar, uma parte da estrada nacional 230, num percurso de 72Km,… não deu para inaugurar a estrada toda,… se calhar, nem se sabe quando será concluída.

Em relação ao comício festa de aniversário do Presidente do MPLA, Bento Bento, mais uma vez, não viu UM MILHÃO de pessoas, mas alguns milhares em Kifica, na comuna de Benfica. Mas com a esperança é a última a morrer, o Primeiro Secretário Provincial de Luanda do MPLA, está confiante que no comício de encerramento na comuna do Kicolo, Município do Cacuaco, vai contar o tão esperado UM MILHÃO de apoiantes do MPLA.

No vigésimo sexto dia nestas Eleições em Angola, todos os Partidos aceleram na recta final com o único objectivo de convencerem os eleitores, que são os melhores para governar em prol da satisfação das necessidades dos Angolanos dignificando a sua vida. E isto não foi feito em 33 anos de (des)governo do MPLA liderado pelo seu Presidente.
A aposta é uma: MUDAR Angola para melhor!

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

A UNITA ao ganhar as eleições em Angola será Governo

A análise que um semanário Angolano fez, que se um partido ganhar as eleições, pode não ser « convidado » pelo Presidente da República para governar, é parcialmente correcto. Até pode-se acrescentar, que se o MPLA ganhar com maioria simples ou até perder as Eleições, o Presidente Eduardo dos Santos será sempre tentado a chamá-lo à Governar o País. E é este o cenário que eu vou analisar, porquanto, se os partidos concorrentes a estas Eleições garantirem uma maioria absoluta em número de Deputados eleitos, no seu conjunto, e que permitam uma revisão Constitucional, ou seja, a próxima Assembleia passar a constituinte, podem através da maioria qualificada, exigida pela actual Constituição, alterá-la de forma à que os Poderes do Presidente, do Governo e da própria Assembleia, passando até por uma revisão do papel do Tribunal Constitucional, ser tão profunda, ao ponto de vir a condicionar o papel político do actual Presidente de Angola e do seu Governo minoritário( MPLA ).
É previsível que a UNITA neste momento, já tenha elementos que permitam ser optimista em relação a vitória nestas eleições. Um outro partido que vai « subtrair » milhares de votos ao MPLA, é o FpD pelas razões que todos conhecem e ficará num escalão dos cinco primeiros. O MPLA está muito apreensivo, porque nestas eleições não está em questão se ganha ou não, o que está em questão, é se o próprio Presidente do partido, conseguirá manter a posição política hegemónica que possui actualmente em Angola.
Por isso, se a UNITA ganha as eleições gerais em Angola, e fruto dos acordos políticos que têm efectuado com outras forças políticas, possa permitir a referida maioria absoluta qualificada para uma revisão constitucional, indo ou não para o Governo, seguramente fará uma revisão constitucional, como aliás já foi afirmado durante a campanha eleitoral.
Nesta linha de pensamento, o Presidente da República vai ficar « enfraquecido » e tentará adiar o máximo que poder, as Eleições para a Presidência, enquanto trabalha numa solução política de « segurar o poder » perante uma eventual Assembleia Nacional politicamente adversa.

Neste sentido, não surpreende ninguém em ver o Presidente da República, «nas vestes» de Presidente do MPLA, porque ele assume o seu papel na Campanha em defesa dos interesses do seu partido. Só que é um jogador, que calçou as «chuteiras» ao contrário e a pouco tempo do jogo acabar. Já não vai marcar golo nenhum, porque a diferença com a equipa da MUDANÇA é descomunal, que não há recuperação possível. Ele só vai perceber, com a contagem dos votos!

É assim, que para animar a «malta», foi anunciado pelo MPLA para amanhã um grande comício onde se espera UM MILHÃO de pessoas (… francamente, a uma fixação do MPLA pelo um milhão.. ) que servirá também para dar os parabéns ao Presidente do MPLA pelo 66º aniversário. O espaço já está terraplanado e electrificado ( quantos eleitores na capital ainda aguardam pela « luz » ), vai ter muita animação, e fica em Benfica perto do mercado Kifica. Vai ser o canto do cisne, para o MPLA.

Neste vigésimo quinto dia das Eleições em Angola, vê-se uma oposição ao MPLA crescente, cujo o motor é o programa da Mudança liderado pela UNITA, que caminha a passos largos para a vitória Eleitoral.

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Os observadores da UE estão atentos a campanha eleitoral em Angola

A chefe da missão de Observação da EU, Luísa Morgantini, considera que a CNE devia decidir sobre as queixas apresentadas pelos partidos sobre as urnas especiais e a sua «passeata» até as Comissões Provinciais. Pretende-se que este assunto fique clarificado de modo a afastar indícios de «fraude».

Os EUA vão ter observadores ( 20 angolanos e 20 americanos ) nas Províncias do Bengo, Benguela, Luanda, Bié e Huambo e o seu credenciamento foi feito hoje pela CNE. Dan Mozena vai estar pessoalmente no Cazenga e espera que este pleito eleitoral seja um passo em frente para as presidenciais em 2009 e as autárquicas a seguir.

No dia 5 de Setembro os estabelecimentos comerciais e de prestação de serviço em Luanda vão encerrar, de acordo com uma nota do GPL. No dia 4 e 5 também não pode haver “farras”, nem qualquer tipo de espectáculo cultural, porque os eleitores estão a reflectir.

Festa, festa,… foi no Comício da Matala, onde o Dr. Samakuva garante um Governo de proximidade com os cidadãos, caso a UNITA ganhe as Eleições. O General Gato e a Miraldina Jamba também estiveram presentes nesta acto eleitoral. Hoje a comitiva da UNITA ía estar também no Kuvango, Chipindo e Chicomba

A Província da Huíla, amanhã, recebe a visita do Presidente do MPLA.

No vigésimo quarto dia de eleições em Angola, os partidos aceleram para amanhã, vésperas de fim-de-semana, os eleitores sejam dinamizados com os actos eleitorais, onde se destaca, mais uma vez, o programa da Mudança liderado pela UNITA.

Mais partidos aderem ao programa da Mudança da UNITA nestas Eleições em Angola

Os partidos PAUD, PADDA,PPDLA, UNDP e APIDA, que integram o Conselho Político da Oposição ( CPO ), manifestaram-se a favor da MUDANÇA, num acto presenciado pela imprensa.
A UNITA soma e segue!!!

Infelizmente o Secretário Provincial da UNITA, Vitorino Nhany, denunciou actos de intolerância política praticados no fim de semana passado, que feriram oito militantes da UNITA. Estes actos ocorreram quando uma caravana foi apedrejada quando se deslocava para a comuna da Macamombolo no Município do Balombo, Curiosamente o Comando Provincial da Polícia de Benguela, para além de confirmar a ocorrência, já concluiu que tratou-se de um motim levantado pela população sem motivação política. Seja como for, com motim o sem motim, compete a Polícia registar e averiguar as ocorrências, identificando os mentores das mesmas e encaminhar o inquérito para as instâncias competentes.
A Polícia deve tomar as medidas mais convenientes, para que não ocorram situações destas. Por muita paciência que se solicite aos partidos, estes tem que ter um clima de paz, para fazer chegar a sua mensagem ao eleitorado.

E por falar em Polícia ( no dia das eleições o polícia eleitoral, ordena a fila de eleitores e manda entrar o primeiro eleitor…); ficou-se a conhecer pelo CNE, os passos que os eleitores devem dar para votar, que passo a citar: « Depois de entrar na assembleia de voto, o cidadão entrega o Cartão de Eleitor ao presidente da mesa de voto, que lê em voz alta o número e o nome do eleitor. O secretário de mesa confirma a inscrição do eleitor no caderno de registo eleitoral. Os delegados de lista e os observadores acompanham a verificação. O presidente da mesa dá ao eleitor o boletim de voto e indica-lhe a cabine de votação. O eleitor vai para a cabine, vê o boletim com calma, procura o número, o nome e a bandeira do partido em que quer votar e no quadrado em branco coloca uma cruz. Já na presença do presidente da mesa, o eleitor coloca o seu voto na urna. Em seguida, o presidente da mesa devolve o Cartão de Eleitor, porque ele vai servir para todas as eleições em Angola. Já com o Cartão de Eleitor guardado, o cidadão mergulha o dedo indicador direito num frasco de tinta indelével, que é prova de que votou. Finalmente, o eleitor retira-se da assembleia de voto.»
É proibido permanecer no local de votação.

O relatório Económico Angola 2007, do Centro de Estudos de Investigação Científica da Universidade Católica de Angola, merece-me todo o respeito, mas não estou de acordo, quando afirma, que o crescimento económico do país pode ser ameaçado caso a oposição “ impreparada”, suba ao poder nas eleições de 5 de Setembro. Como se sabe, a corrupção é o maior entrave que temos ao desenvolvimento sustentável em Angola e o crescimento económico é uma das componentes deste desenvolvimento que os governos querem aplicar em qualquer país, nas circunstâncias de Angola. Mas quando a OCDE, o BM e outros relatórios económicos, falam de um abrandamento no crescimento económico em Angola, isso deve-se a outros factores, que não tem nada a ver, com a circunstância das Eleições em Angola, que é um processo de legitimação política, que passará, nomeadamente, pela Eleição do Presidente da República. Um dos factores, é o limite da OPEP, dos dois milhões de barris de petróleo por dia, que Angola espera alcançar no espaço de um mês e que vai condicionar, em termos orçamentais, os recursos financeiros de uma economia que tem crescido na base do petróleo. Foi a política errada de não ter apoiado mais a produção industrial, fora do petróleo, e que nos próximos anos terá que crescer muito mais, para de alguma forma manter níveis de crescimento da economia que atraia o investimento estrangeiro.
O programa da mudança da UNITA é racional, estrategicamente bem planificado, apoia com meios financeiros a educação e a formação profissional do angolano, e a governação do país coma orientação da UNITA, contará com todos aqueles que terão competência técnica para gerir o bem comum em prol do povo que os elegeu.

No vigésimo terceiro dia das eleições em Angola, o programa da Mudança está na boca dos eleitores, o que é uma esperança para a UNITA ao acreditar na vitória, após uma campanha, que vai encerrar de hoje a oito dias. É com grande ânimo que as caravanas da Mudança percorrem o país, apedrejadas ou não, por aqueles que querem pela força calar a mensagem. Avante companheiros, a vitória está ao nossa alcance!

terça-feira, 26 de agosto de 2008

A UNITA não quer «passeatas» das urnas especiais nestas Eleições em Angola

Os partidos concorrentes, UNITA, FpD, PDP-ANA e FNLA, são contra a deslocação das urnas especiais para posterior contagem pela Comissão Provincial Eleitoral.
Num Comunicado, a UNITA através do SG Numa, afirma que a deslocação das urnas, sem prévio apuramento no local de votação, não garante transparência. Os citados partidos exigem que o apuramento seja feito no local da votação, devendo as Comissões locais de Eleições delegar as devidas competências às mesas de voto e utilizando o sistema PDF.
Os referidos partidos solicitam ao CNE um instrutivo para os membros das mesas de voto « que impeçam todo o tipo de votação ilícita, definindo os limites da situação em causa».
Os partidos signatários, aproveitam para alertar o CNE, que os cartazes da educação cívica utilizam figuras destacadas e afectas ao partido no poder, exigem a auditoria prévia do Centro de Escrutínio de Talatona em Luanda e denunciam a parcialidade dos órgãos de Comunicação Social afectos ao Estado, por alegada colagem ao partido no poder.

O CNE clarificou hoje em Luanda, que os delegados de lista das assembleias de voto devem evitar a interferência no processo de votação. A sua missão é constatar o andamento do processo de votação e informar as reclamações fora da Lei Eleitoral.
Os Delegados enquanto representantes dos partidos e coligações, devem assistir a contagem dos votos nas respectivas Assembleias e a elaboração das actas.

Como não podia deixar de ser, terei que fazer um breve comentário aquilo que foi escrito no oficioso Jornal de Angola contra a UNITA. É bandeira de honra da UNITA, a luta contra a corrupção endémica em Angola e recuperar os projectos apresentados na Assembleia Nacional e que foram para a gaveta. Aquilo que recebeu do Orçamento Geral do Estado, a título de subvenção pelo número de Deputados que tinha, é um valor transparente.
O que os Angolanos não sabem, são outros valores, como os bónus do petróleo, o diferencial entre o valor fixado em termos orçamentais e o valor real do barril de petróleo no mercado internacional e o seu destino.
Em matéria de transparência, o partido da situação na Assembleia nacional, fechou os olhos, tapou os ouvidos e calou-se, em relação aos «projectos quentes» dos partidos da oposição e como tinha a maioria absoluta (algo que os eleitores não lhes vão dar no dia 5 de Setembro), vetava os ditos projectos e «chutava para canto», algo que o Governo agradecia.
O oficioso devia ter vergonha em escrever sobre KAPANDA, o maior « elefante branco» de Angola, um «saco roto» de biliões de USD, que a seis anos para cá, o governo garante aos angolanos que « a potência eléctrica » está a chegar a Luanda e é o que se vê,… os seja, a escuridão subsiste.
A justificação da guerra, para «driblar» o povo, das suas incompetências e a falta de vontade de resolver os problemas básicos das populações, como o saneamento, acesso a água potável e luz, o lixo por todo o lado, o trânsito caótico, as milhares de crianças que ficam fora do sistema escolar, ano após ano,… já foi « chão que deu uvas e que agora secou».
É por isso, que o oficioso tem sido a maior ajuda de campanha para a MUDANÇA, porque escreve para o seu « umbigo » e aviva a memória dos eleitores para as desgraças que têm vivido e que os leva a votarem no 11 – UNITA!!!

Na senda da vitória continua o Dr. Samakuva, que hoje está na Província da Huíla, Município do Kuvango, apresentando o programa do governação e o manifesto eleitoral da Mudança, que é aquilo que o eleitor mais quer ouvir. O Presidente da UNITA irá visitar os Municípios da Jamba, matala, Quipungo, Chicomba, Caconda, Caluquembe e Lubango.

O Presidente da República foi hoje para Huambo, mas as 17h, já estava em Luanda, porque não prescinde das mordomias do seu palácio, nem que seja por uma noite. Nesta passagem relâmpago, ofereceu tractores com alfaias agrícolas, motorizadas, bicicletas e electrodomésticos às autoridades tradicionais dos 11 Municípios da Província, tendo entregue pessoalmente as chaves dos tractores aos onze sobas de cada Município.
Por certo, os Sobas agradeceram e ficaram a pensar, como é que foram tratados a uns anos atrás, no quadro do MPLA marxista, que não reconhecia a autoridade tradicional, os seus costumes, usos e direito consuetudinário. Mas no dia 5 de Setembro, estes mais velhos de « boa memória », saberão votar na MUDANÇA.
Sua Excelência o Sr. Presidente da República também inaugurou a EN-120 Huambo, Luanda que passa pelo Alto Hama/Wakukungo, numa extensão de 600Km; a estrada Sawilala/Bailundo com 38 Km, onde o Governo gastou mais de 25 Milhões e 630 Mil USD (… vejam bem, a quanto saiu o Km…). A rede de estradas do Huambo é constituída por 1 Milhão e 96 Mil Km ( ainda está muito por fazer ).
Em menos de 15 dias também visitou as Províncias de Lunda Sul e Benguela ( só faltam 15 Províncias para visitar, mas como o processo eleitoral está no fim, vai ter que seleccionar muito bem as próximas visitas, onde o MPLA está com mais dificuldades de implantação eleitoral).

A organização cívica não governamental, PNASCAE, recrutou 2.500 observadores para fiscalizar o pleito de 5 de Setembro, que serão distribuídos pelas 18 Províncias de Angola.

Neste vigésimo segundo dia de campanha eleitoral, o Líder da UNITA destaca-se ao conseguir passar a mensagem da MUDANÇA ao Eleitorado, privilegiando a Angola profunda, sem recurso a ofertas materiais, ao contrário do Presidente do MPLA, que chega, oferece, discursa e parte para Luanda, numa política da continuação, que o povo Angolano já conhece e quer mudar.

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

A UNITA pratica a Democracia e aposta com os Angolanos na MUDANÇA

A UNITA foi o primeiro partido em Angola a fazer eleições em Congresso para a eleger o seu Presidente, com três candidatos e repetiu a proeza em 2007 de acordo com os seus estatutos. Ao MPLA, a UNITA dá « lições » de democracia interna e é um dos poucos partidos habilitado a garantir aos Angolanos, um regime Democrático num Estado de Direito. O « resto » é “ conversa fiada “ do oficioso do partido da situação!

O acordo de PAZ de Luena, rubricado em Luanda a 4 de Abril de 2002, na sequência do Protocolo de Lusaka, salvaguardou os direitos legítimos da UNITA, enquanto maior partido da oposição e que está a cumprir, fazendo parte do GURN. Quem está em falta é o MPLA, que até a data não deu seguimento a muitos dos compromissos acordados no acordo de PAZ, como é do conhecimento geral.

O Programa eleitoral da UNITA já é conhecido por uma grande parte dos eleitores e dos jornalistas nacionais e estrangeiros, pelo que, não é o oficioso Jornal de Angola, que conseguirá « lançar poeira e confusão » nos eleitores, porque estes sabem, qual é a linha de orientação que o dito jornal segue desde sempre.

Um dos fracassos mais retumbantes do MPLA foi a sua Agenda de Consenso, que ficou com quem a fez, não tendo eco no país e que o eleitor não faz a mínima ideia do que se trata. É uma cartilha futurista sem futuro nenhum!

A História de Angola que vai ser reconstruída e o Sistema Democrático que vai ser implantado no país, porque aquilo que hoje temos é uma «democracia musculada» do partido da situação, devem muito a luta heróica de um Homem, que morreu em combate junto aos seus Homens, recusando a vida fácil e preferindo auscultar as necessidades básicas do povo que vive na Angola profunda, e ainda é lembrado por isso, dentro e fora do partido, como o líder carismático e fundador da UNITA, que contribuiu para a queda do partido único, vergando-o ao multipartidarismo e a lei Fundamental ( que a UNITA irá alterar para melhorar o nosso regime político ) que vigora no país.

Nestas eleições, os eleitores só têm um projecto que lhes garanta no futuro uma vida digna, é o Programa da Mudança! Esta mensagem chave, bate as obras de fachada, as inaugurações de última hora, de um MPLA absolutamente desesperado, a lutar contra o tempo e não conseguindo junto ao eleitorado, convencê-lo que foi e é capaz, de fazer mais e melhor. A ideia de « mudar para melhor » é mais fácil de passar, do que aquela que o partido da situação quer impor aos angolanos, porque é poder, porque tem os meios materiais e financeiros, mas que agora está « gasto e cansado » e só lhe resta arrumar as «chuteiras» e deixar o jogo para aqueles que o querem jogar com transparência, seriedade e em prol do Povo Angolano.

Os setentas jornalistas estrangeiros que pediram o credenciamento junto ao CNE, vão constatar a vontade de mudança que os eleitores vão demonstrar no dia 5 de Setembro, ao votar no 11 – UNITA! Espera-se, que tenham as mesmas condições de trabalho que os jornalistas Nacionais e liberdade de circulação, sem qualquer tipo de pressão ou descriminação.

No vigésimo primeiro dia das eleições em Angola, o eleitorado procura mais informação, sendo mais receptivo, já não tem tanto receio em manifestar-se a favor da mudança, o que está a deixar o partido da situação, «a beira de um ataque de nervos» e frustrado porque não consegue travar o ânimo dos adeptos da Mudança.

domingo, 24 de agosto de 2008

O Dr. Samakuva apresenta o programa de governação para Angola

O líder da UNITA esteve hoje na cidade do Huambo num comício com bastante adesão por parte da população e falou sobre a estratégia governativa da UNITA, na melhoria do ensino, alargamento da rede hospitalar, emprego, garantia de assistência alimentar e na saúde, às pessoas desfavorecidas e um diálogo permanente com o povo.
As linhas mestras para a mudança em Angola, percorre Angola de Cabinda ao Cunene pela palavra, pelos actos e empenho dos dirigentes da UNITA, que conseguem desta forma conquistar diariamente, mais eleitores e apoiantes, para a causa única que vai dignificar a vida dos Angolanos.

O CIPE e o CNE apresentaram ontem o sistema informático que vai auxiliar os 8.256.584 eleitores registados, a localizarem o local onde vão votar. Os cadernos eleitorais, que possuem a fotografia do eleitor, também devem ser consultados, estando disponíveis postos electrónicos de informação e o portal ( www.registoeleitoral.com ).
As pessoas que perderam o seu cartão de eleitor, podem através do primeiro nome e da data de nascimento, localizar imediatamente todos os seus dados. Não é por falta de operacionalidade do sistema, que alguma coisa possa correr mal.

A apreciação que faço, daquilo que os outros partidos vão dizendo nesta campanha eleitoral, saliento o FpD, que alerta os eleitores para um possível corte de luz ( coisa rara em Angola ) no dia de voto, pelo que, recomenda que os seus eleitores levem o gerador, para ultrapassar tal imprevisto, não vá a escuridão facilitar o « desvio de votos ».
O PDP-ANA que passa a sua mensagem usando muitas vezes as línguas nacionais, não esquece de referir-se ao assassinato de Mpfulupinga Landu Vítor, cujos responsáveis continuam a monte. O PRD é um dos partidos que vai insistindo na mensagem da mudança,… e bem!

A JMPLA está desde ontem a fazer “ operações STOP “ em Luena, no Moxico, com o objectivo de mobilizar a população a votar, distribuindo cartilhas com instruções sobre as formas de escolher-se o partido certo no dia 5 de Setembro. Será que algum eleitor irá tentar « furar » a dita « operação stop »? A maior parte dos eleitores já sabem que só têm duas alternativas, ou votam no partido da situação, com as desgraças que conhecem diariamente, ou na mudança, com a esperança numa vida digna, que só a UNITA garante à partir de 5 de Setembro, enquanto governo eleito pelos Angolanos.

No vigésimo dia destas eleições, foi um Domingo « morno » ao nível do país e espera-se um início de semana, em que os partidos se empenhem mais junto dos eleitores indecisos, porque a ameaça de uma grande abstenção, continua no pensamento da maior parte dos partidos concorrentes a estas eleições em Angola.

sábado, 23 de agosto de 2008

Mais quatro Partidos aderem a MUDANÇA em Angola com a UNITA

A UNITA assinou um protocolo com o PACIA, CNA, PTA e PN para em conjunto trabalharem no sentido do voto da MUDANÇA!!!

No dia seguinte, à intimidação que o SG da UNITA sofreu ,a saída de sua casa, ele esteve a frente deste protocolo, referindo e bem, que o partido da situação está nervoso, pelo comportamento que vão tendo um pouco pelo país.

Em Benguela na área do Balombo, a UNITA denuncia que 18 militantes seus foram feridos num acto bárbaro, que destruiu quatro viaturas. Mas é nesta Província, que o Eng Maluka numa conferência de imprensa, salientou que os Angolanos estão unidos na acção para a mudança. Não deixou de enunciar os actos de intolerância verificados nos Municípios da Ganda, Comuna do Kasseke, no Cubal, na povoação do Kassólio, Comunas do Tumbulo e da Kapupa.
O Coordenador Nacional Adjunto da UNITA, garante que a UNITA vai ganhar na Província de Benguela, com base, na receptividade que a população tem ao programa eleitoral da Mudança.

Voltando a capital, o MPLA no âmbito da campanha eleitoral, organizou no largo da LAC, uma feira bancária, em que participaram os Bancos BPC, BCA, Keve e a Associação Angolana de Bancos (ABANC). Nesta feira, os interessados podiam abrir uma conta bancária e solicitar um empréstimo, sendo o objectivo promover os serviços bancários, seguros e fundos de pensões junto das populações.
Eu gostaria de ver era a cara das kinguilas, que ali perto, deviam estar a observar a «concorrência de rua», já para não referir a singularidade que a maioria dos bancos têm, em relação a discrição na forma de actuarem, e verem-se envolvidos com o partido da situação, num acto político, que o eleitor pode «desconfiar»…
Mas, em matéria de inovação « descarada» foi a aquela que ocorreu nas mediações da “martal” na Maianga, em que grupos de activistas ( deixo a vossa imaginação, com que cores é que estavam vestidos…) distribuíam envelopes com 4.000Kz ( cerca de 60 USD ). Obviamente, quem recebeu tais ofertas tão generosas, agradece e não se vai esquecer de votar no 11, porque é o Partido da Mudança que não pactua com « malabarismos eleitorais » de fachada, insuficientes para iludir o povo, que sobrevive diariamente com menos de 1,00 USD.

Neste décimo nono dia de campanha eleitoral, que visa a MUDANÇA no país, o Presidente do MPLA está em campo, reflectindo o nervosismo do partido da situação, que não dando conta do recado, precisa que o Presidente de todos os Angolanos, equidistante das lides partidárias, venha dar uma ajudinha ao partido do coração da nomenklatura.
A UNITA, serenamente e consciente que lidera o programa da MUDANÇA em Angola, vai conquistando apoios partidários, eleitores e atenção dos observadores internacionais, que começam a ficar preocupados com o aumento dos actos de intolerância que ocorrem no país.

De hoje a 15 dias os Angolanos votam na MUDANÇA

Nesta Sexta-Feira de manhã, o secretário Geral da UNITA, Abílio Camalata Numa viu a sua guarda pessoal, constituída por elementos da UPIP, ou seja, são polícias, que se encontravam em serviço, a serem importunados por polícias afectos a DNIC. Pareceu um « acto de intimidação entre polícias», que acabou por perturbar a família do SG da UNITA, que goza de imunidade durante o processo eleitoral. O acto foi praticado por dois polícias fardados e quatro à paisana, que se faziam transportar em duas viaturas, visava a busca de armas,… e obviamente que as encontraram nos colegas da UPIP. Será que isto foi uma demonstração da prontidão da polícia nestas eleições, pondo em desassossego a família e o próprio SG da UNITA?! Convém que o Sr. Ministro do Interior baixe instruções no sentido, que não hajam actos de intimidação por parte da polícia,… contra polícias e ainda por cima estando no meio, um dirigente do maior partido da Oposição em Angola e dinamizador do programa eleitoral da MUDANÇA.

Sua Excelência o Sr. Presidente da República, Eng. José Eduardo dos Santos, foi a Lunda Sul, onde inaugurou a barragem hidroeléctrica de Chikapa e o Instituto Superior de Ciências e Tecnologias em Saurimo. Mas já regressou a Luanda e segundo parece a próxima deslocação é a Província do Huambo. Como é que o Presidente do MPLA consegue ter uma visão concreta, objectiva e vivida, em poucas horas em determinados locais, sem pernoitar de um dia para o outro, verificando «in loco», aquelas condições de vida dos angolanos, de que tanto se fala nesta campanha eleitoral, e ao longo de 33 anos de governo do seu Partido. Fica-se coma impressão, que o Presidente do MPLA, não prescinde da sua comodidade na cidade alta, no seu Palácio.

Ao contrário, o Presidente da UNITA, vai aos kimbos mais longínquos, mistura-se com os eleitores, dorme na Província e vê o que é necessário mudar, para dar dignidade aos Angolanos. São estes actos do Dr. Samakuva que cativa os Angolanos e que os levará no dia 5 de Setembro a votar no 11 – UNITA, a mudança de que se fala e deseja!!!

Ontem, o alvo eleitoral do MPLA foram os empresários de Luanda, durante um jantar conferência, que terá reunido uma centena de empresários. O Coordenador para os empresários, Syanga Abílio, entre outras ideias, salientou uma política económica estratégica, parcialmente proteccionista, mas que estimule, ao mesmo tempo, a competitividade. Esta parte, eu espero que os senhores empresários não tenham percebido bem, no contexto em que têm feito os seus negócios, quer no contexto nacional, quer no internacional e basta lembrar, a não adesão de Angola ao mercado de livre circulação de mercadorias da SADC ( alegando Bento Bento, que é para os empresários nacionais crescerem e fortalecerem-se economicamente e financeiramente), embora num tempo limitado. O empresariado nacional quer mudanças ao nível de acesso a oportunidades de negócios, de crédito ao investimento industrial, comercial e agrícola, em alguns casos subsidiado, mas principalmente que não seja preterido em concursos públicos a favor de empresas estrangeiras, que estão cobertas com linhas de crédito dos seus países de origem, ou porque financiam programas do governo com a condicionante de determinadas empresas beneficiarem disso. A mudança na área empresarial, é uma necessidade dos empresários a caminho da competitividade e da prosperidade, porque também é uma forma de criar mais empregos. Como não podia deixar de ser, Bento Bento, terá aconselhado os empresários a votarem no MPLA, no jantar que decorreu no parque da liberdade (ex-heróis de Chaves).

Neste décimo oitavo dia de campanha eleitoral, os partidos concorrentes aceleram a sua campanha, porque estamos a pouco mais de uma semana para o encerramento da mesma. Que a intolerância política dos adversários da MUDANÇA, seja refreada pelas autoridades e que a transparência, a legalidade e a Democracia num Estado de Direitos sejam valores a serem aplicados diariamente.