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quarta-feira, 14 de julho de 2010

A nova vaga de investidores portugueses em Angola

O Presidente Português Dr. Cavaco Silva está a caminho de Angola, com uma comitiva de cerca de cem empresários, acompanhados ao mais alto nível, pelo Governo de Portugal e Associação Empresarial Portuguesa.

Mais de metade destes investidores já têm os seus negócios com Angola a muitos anos. Os outros estão em fase de implantação dos seus projectos e contam-se pelos dedos, aqueles que ainda vão analisar o mercado angolano.

O ambiente de negócios em Angola tem algumas variantes, resultante da crise financeira internacional, como as dificuldades de pagamento as empresas que estão principalmente a investir os seus recursos na construção das infra-estruturas no país.

O fomento de parcerias com empresários angolanos, poderão ter outras vertentes, como acordos pré-estatutários nas empresas mistas a constituírem-se, algo que os angolanos não estão habituados.

A despesa inerente a instalação, a burocracia, a morosidade na aprovação dos projectos de investimento, os “custos de contesto”, a aquisição ou o arrendamento de imóveis a preços escandalosamente elevados, com o cuidado necessário sobre os registos prediais, confiscos, reservas fundiárias, concessões, é um quebra-cabeças que pode levar o investidor a ser confrontado, com um facilitismo desconcertante em relação a realidade do país.

E depois temos a previsível bolha do crédito angolano, que resumidamente, consiste no financiamento de empreendimentos imobiliários a preços proibitivos, que daqui a uns tempos, não valem metade do valor, em que alguns não têm os registos prediais concluídos, noutros os promotores imobiliários já não sabem a quem venderem, porque os multimilionários em Angola não nascem como cogumelos, … esgotaram-se (!!!)….; e a dita bolsa que não arranca, porque a maioria das empresas não têm uma contabilidade organizada e de acordo com os requisitos exigentes, para os accionistas investirem nas empresas cotadas, e surgir uma alternativa ao financiamento bancário.

As estatísticas são o que são, parcas em informação fidedigna e quase inexistente.

O capital mínimo para o investidor estrangeiro aplicar em Angola, esgota-se facilmente no arrendamento de um apartamento para dormir e num espaço para instalar o seu negócio, … por um ano.

O retorno do capital investido, pode demorar alguns anos, com previsíveis entraves pelo caminho, bastando analisar os constrangimentos legais, que envolvem essa necessidade do investidor.

Em relação ao investidor Angolano, que pretende comprar bens e empresas em Portugal, em diversas áreas económicas, não faltam oportunidades, porque está quase tudo a saldo ou falido.

Talvez, o objectivo principal seja atrair os investidores Angolanos para Portugal, convencendo-os que aqui podem duplicar, triplicar os seus ganhos, comprando bem agora, para venderem melhor amanhã.

A nova vaga de investimentos entre Angola e Portugal é bilateral, não esquecendo, que quem tem o capital é que manda.