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sexta-feira, 31 de julho de 2015

Regresso de emigrantes de países como Angola pode afectar economia



“”(…)  Se a situação económica em países como Angola não se inverter de forma relativamente rápida, isso “pode levar a uma maior erosão da rentabilidade das Pequenas e Médias Empresas e conduzir a um regresso significativo de trabalhadores” emigrantes para Portugal.
O alerta consta de um relatório do regulador do mercado de capitais, a CMVM, intitulado risk outlook, e que aborda os vários caminhos com que Portugal se defronta, estejam relacionados com política económica, com o mercado imobiliário ou de capitais.
Quando a economia portuguesa começou a encolher, muitas empresas apostaram em mercados como Angola e Brasil para tentar diminuir os impactos  da quebra no mercado doméstico. Essa tendência, por sua vez, levou a que muitos portugueses emigrassem para estes países (a que se junta Moçambique), seja por serem trabalhadores expatriados, sejam por não terem emprego em Portugal e procurarem novas oportunidades.
Agora, há um novo ciclo, onde se destaca o caso de Angola, país que atravessa uma conjuntura de crise económica com a queda do preço do petróleo, o que afecta as empresas expostas a este país e, também, os emigrantes.

Diz o relatório da CMVM (apenas escrito em inglês) que, se nada mudar, o regresso dos emigrantes (e o impacto nas contas das empresas), somado ao “lento crescimento verificado na criação líquida de postos de trabalho”, pode “criar um stress adicional no sistema social e afectar a recuperação de uma já frágil economia”.
Não há dados concretos (o registo não é obrigatório), mas Angola atraiu dezenas de milhares de trabalhadores nos últimos anos. O sindicato da construção  já alertou para a existência de trabalhadores a regressar a Portugal e que a situação tende a agravar-se.
Angola é um caso particular, e isso está bem visível no número de empresas que têm negócios com este país. Conforme noticiou o PÚBLICO, há 9440 empresas em Portugal que exportam os seus produtos para Angola, e, destas, mais de metade não vende para nenhum outro mercado externo. Em 2014, 5256 empresas dependiam a 100% de Angola para realizar as suas vendas para fora do país. Em valor, representaram 1234 milhões de euros, o que equivale a 41% do montante arrecadado com as exportações para Angola durante o ano passado.
Nos primeiros cinco meses, as vendas para este mercado caíram 25%, o que significa menos cerca de 300 milhões de euros face a idêntico período do ano passado. Ao mesmo tempo, as empresas estão com dificuldades em transferir verbas para fora do país devido à falta de divisas, e têm de lidar com mais atrasos nos pagamentos. O Governo português criou uma linha específica de apoio à tesouraria para empresas com dificuldades em repatriar capitais, mas há instrumentos de apoio que não estão a ser usados.

Uma análise agora publicada pelo gabinete de estudos do banco angolano BAI, através da unidade que detém em Portugal, destaca que uma das medidas contra-cíclicas que Angola podia usar é uma linha de crédito negociada com Portugal. Esta passa por um seguro às exportações  de mil milhões de euros e que, diz o BAI, tem cerca de 650 milhões disponíveis. Os créditos, cobertos pela Cosec, são avalizados pelo Estado angolano, que fica responsável pelo “bom pagamento”. Esses cerca de 650 milhões de euros, escreve o BAI, oferecem a vantagem de se encontrar “imediatamente disponíveis, dependendo a sua utilização da própria vontade das autoridades angolanas”. “” – FONTE : PÚBLICO

quinta-feira, 30 de julho de 2015

Em Benguela, famílias camponesas empurradas para as matas



“”(…)  É o mais recente episódio do velho conflito de terras entre as autoridades  e os camponeses.
Há mais de trinta anos, nas centenas de hectares em disputa, com a agricultura e a pecuária como actividades favoritas, os pequenos produtores acusam o governo de estar a usar a desminagem como pretexto para fins inconfessos.
Foi com este argumento que um grupo de militares se deslocou à Losseta, a escassos 10 quilómetros da sede do Cubal, não tendo sido bem sucedido na missão que visava desalojar os camponeses.
A rigidez dos homens do campo determinou um reforço, algumas horas depois, de efectivos das forças de segurança armadas, que terão ameaçado a população que ali reside.

O recurso às matas, onde se encontravam mais de cem camponeses até à hora em que expedíamos esta peça, foi incontornável. A partir do Cubal, a 140 quilómetros da cidade de Benguela, um cidadão que acompanhou o desenrolar dos acontecimentos falou à VOA sobre os momentos de tensão.
"O pretexto é que querem desminar á área; a área já não tem minas; fortemente armados até aos dentes, começaram a ameaçar (...) as pessoas passaram a noite nas matas. Eles vieram com o senhor Cassandi, que é o homem do MPLA," disse o nosso entrevistado.
Sob anonimato, este cidadão reforça que já ninguém acredita na existência de engenhos explosivos naquela localidade: A população está a reagir, porque nasceu ali, são terras dos avós e dos bisavôs, tem ali gado e fazem a agricultura. Eles perguntam para onde vão, onde vão encontrar uma área com espaço para o pasto".
O Governo de Benguela  projecta a instalação de um pólo industrial capaz de produzir para o comboio do CFB escoar, mas os camponeses estão preocupados com o seu futuro.
A VOA contactou no local, o administrador municipal do Cubal, Carlos Guardado, que prometeu reagir em próximas ocasiõe ao que chama de «rumores sem fundamentos».
Atenta a tudo, a Organização Humanitária Internacional comentou que o Governo deveria ter dialogado com a sociedade civil para se alcançar um acordo que não belisque a Lei Constitucional. “” – FONTE : VOA

Jornal estatal acusa Ana Gomes de interferência em Angola



“”(…)  A eurodeputada socialista está em Luanda a convite da Associação Justiça Paz e Democracia angolana, enquanto membro do Parlamento Europeu e da subcomissão de Direitos Humanos, acontecendo a visita numa altura de forte tensão política no país, agravada com a realização, na quarta-feira, de uma manifestação de ativistas reclamando a libertação de outros 15 jovens suspeitos de preparem um golpe de Estado e que acabou com uma carga policial.
"Não bastassem os gestos profundamente inamistosos e as demonstrações de deslealdade que tem vindo a passar a nível internacional, ao apadrinhar os novos planos de subversão contra Angola (...), a eurodeputada socialista Ana Gomes deslocou-se mesmo a Angola e, numa atitude arrogante e provocatória, tem estado a interferir em assuntos do foro único do poder judicial angolano e dos órgãos de soberania nacionais", lê-se no editorial de hoje do jornal estatal angolano.
Intitulado de "Regras da democracia", o texto aborda o funcionamento das instituições democráticas em Angola e o cumprimento das liberdades e garantias.

Ana Gomes tem sido alvo, nos últimos dias, de várias referências críticas públicas por parte de políticos ligados ao Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), no poder desde 1975, devido às posições adotadas, nomeadamente sobre a defesa dos direitos humanos e liberdade de expressão no país.
A eurodeputada, segundo relato feito pelos órgãos de comunicação estatais angolanos, foi recebida na quarta-feira pelo ministro da Administração do Território, Bornito de Sousa.
"Mas o mais grave é que a eurodeputada portuguesa não se importou de fazer tábua rasa dos fundamentos do processo judicial, que foram apresentados publicamente pelo Ministério Público de Angola, e de solidarizar-se com indivíduos acusados de rebelião, na melhor tradição daqueles que em Portugal sempre apoiaram Jonas Savimbi [UNITA], apesar de ser considerado um criminoso de guerra", escreve ainda o Jornal de Angola.

Recorda o editorial que "Angola é um Estado de direito democrático" e que os angolanos e processo de paz "estão reconciliados" e "consolidados".
"Os dirigentes angolanos souberam sempre qual o seu papel na luta pela defesa da liberdade e dos direitos humanos. Milhões de angolanos foram capazes de combater o colonialismo e o fascismo português e deram as suas vidas para a libertação dos povos das ex-colónias portuguesas e dos povos da África Austral", lê-se.
Por último, o Jornal de Angola diz que "ver hoje políticos portugueses ofenderem esse passado comum e glorioso de combate a favor da Humanidade, preferindo alinhar com quem fomenta a violência e a rebelião em Angola" representa "uma infâmia para os angolanos".
"Aqueles que se esquecem do passado estão condenados a cometer os mesmos erros. E nós, em Angola, não queremos isso", remata o editorial. “” -  FONTE :  NOTÍCIAS AO  MINUTO

quarta-feira, 29 de julho de 2015

UIGE Casa-CE e MPLA trocam acusações em torno da intolerancia politica



“”(…)  No Uige, o secretario Geral da Juventude Patriótica de Angola, braço juvenil da Casa-CE, Rafael Aguiar acusa o Presidente da Republica de causar a instabilidade no país.
Rafael Aguiar, que falava numa palestra, explicou que o Mpla promove a "intolerância politica para privar os outros angolanos de ecederem os bens sociais relevantes e de não sonharem com o poder político".
O político acrescentou que por causa de “actos de intolerância política, sobretudo no interior do país", as pessoas perdem emprego e morrem.
Outros exemplos, segundo Aguiar,  são a “fabricação de golpes de estado;   assassinatos e matanças, como o caso de 27 de Maio; assassinato dos crentes toquistas; assassinato de Caçulé e Camuling;  ou a prisão e espancamento de ativistas políticos, jornalistas e políticos.”
Para fazer face a isso, Aguiar apela aos jovens a utilizarem todos os mecanismos consagrados na constituição para destronar o regime no poder.

O secretário provincial do MPLA, no Uíge, Paulo Pombolo acusou os partidos políticos na oposição de se envolverem em acções que causam distúrbios nas comunidades.
Pombolo, que falava na 13ª sessão plenária do MPLA que decorreu no município do Maquela do Zombo, acusou os partidos políticos de criarem grupos compostos por criminosos que semeiam pânico no seio das populações.
Diz ele que os adversários políticos optaram por uma nova filosofia, que se traduz na criação de grupos compostos por criminosos, semeiam o pânico nas regiões da província onde realizam as suas actividades políticas, espancando sobas e militantes do nosso partido, e para se autodefenderem colocam acima o discurso da intolerância política. “” – FONTE : VOA

Polícia detém 17 organizadores da manifestação pró-activistas



“”(…)  A polícia angolana deteve no início da tarde desta quarta-feira, 29, em Estalagem, município de Viana, 17 organizadores da manifestação anunciada para esta tarde para pedir a libertação dos 15 activistas do autodenominado Movimento Revolucionário.
Entre os detidos estão os activistas David Salei, António Quissanda e Coronel Fuba.
As operações foram coordenadas pelo comandante Francisco Notícia  e aconteceram antes da manifestação dos pró-activistas marcada para as 15 horas na Praça 1º. de Maio.
Recorde-se que desde o início da manhã membros da Juventude do MPLA (JMPLA) e da Organização da Mulher Angolana (OMA) realizam uma contramanifestação de apoio ao Governo.
Por volta das 9 horas o jornalista Gonçalves Vieira, da Rádio Despertar, foi detido por, alegadamente, estar a fazer uma cobertura ilegal, tendo sido libertado duas horas mais tarde. “” – FONTE : VOA